Jogador fez uso de cláusula especial da FIFA para integrar equipe carioca e time russo não curtiu a postura do lateral
O Flamengo anunciou neste sábado (30) a contratação do lateral-direito Guillermo Varela. As publicações nas redes do Clube foram feitas logo após a vitória contra o Atlético Goianiense na Série A. Inclusive, o uruguaio esteve no Maracanã e presenciou a partida que fez o Rubro-Negro entrar no G4 nesta competição. Apesar da alegria dos flamenguistas, do outro lado do mundo os russos não ficaram satisfeitos.
Donos do passe de Varela, o Dínamo Moscou não aprovaram a forma com que o negócio foi conduzido. O atleta começou faltando um treino pelo time quando soube do interesse do Flamengo. Depois, ele acionou a recente regra da FIFA que permite jogadores de clubes da Ucrânia e da Rússia saírem por empréstimo automático, devido o conflito entre os países. O jornalista Fábio Aleixo, que mora no Leste Europeu, trouxe a tradução da nota oficial da equipe do uruguaio.
“Em 25 de julho, o lateral uruguaio Guillermo Varela comunicou unilateralmente ao nosso clube a suspensão do contrato para a temporada 2022/23. Isso aconteceu após o jogador não ter comparecido à sede do clube em 24 de julho, no dia do jogo do campeonato russo contra o Torpedo”, lembrou o Dínamo de Moscou.

Em seguida. Na nota publicado nas redes sociais, o Dínamo demonstrou insatisfação com a estratégia da negociação. Segundo eles, a atitude dos cariocas, de negociar com Varela quando ainda tinha compromisso com os russos, é repudiável. A equipe em que o uruguaio jogava ainda deixou em aberto a possibilidade de recorrer na FIFA pela transação. O que o Clube ignora na nota, é que o recurso utilizado por Guillermo é permitido pela Federação Internacional de Futebol.
kkkkkkkkkkk se ficar putin é pior
— JM (@joaomercio) July 31, 2022
“Nós do Dínamo estamos convencidos de que as relações comerciais saudáveis entre os clubes devem sempre se basear no respeito mútuo. Consideramos inaceitável que clubes e indivíduos convençam jogadores a rescindir ou suspender contratos de trabalho existentes. Nesses casos, nos reservamos o direito de defender nossos interesses em instituições esportivas internacionais”, ameaça o Dínamo.