Brasil tem dobradinha de bronze com Daniel Cargnin e Ketleyn Quadros no Grand Prix de Zagreb

O medalhista olímpico Daniel Cargnin foi bronze no Grand Prix de Zagreb, na Croácia, vencendo cinco, das seis lutas que fez. O judoca voltou a sentir o gostinho de conquistar uma medalha no Circuito Mundial IJF, neste sábado, um ano após seu feito em Tóquio. A única derrota de Cargnin foi para Manuel Lombardo, da Itália, na semifinal. O bronze veio com ippon sobre o compatriota Pedro Medeiros, outro destaque do Brasil no dia.

O ouro do 73kg foi para Lombardo que, assim como Daniel, subiu do 66kg para o 73kg. O último encontro dos dois foi em Tóquio, com vitória para o brasileiro. A rivalidade entre os dois vem desde as competições Sub-21 e deve render novos capítulos até Paris.

A medalha em Zagreb tem valor especial para Cargnin, pois foi a primeira que ele conquistou no peso Leve (73kg), sua nova categoria. No ciclo para Tóquio, Daniel lutou no meio-leve (66kg) e, em 2022, encarou o desafio de subir para o 73kg e recomeçar do zero a corrida por uma vaga em Paris. Adaptou-se rapidamente ao novo peso e, em menos de um ano competindo entre os leves, conquistou o bronze no Grand Prix croata, última competição antes do Campeonato Mundial do Uzbequistão, que será em outubro.

“Ainda estou nessa adaptação pro 73kg. Estou muito feliz pelo progresso, por estar desempenhando bem. Sei que tem muita coisa para melhorar ainda, mas é passo a passo. E sigo buscando Paris 2024, minha segunda medalha. Agradeço a todo mundo que torceu, que não desanimou nas derrotas. Nos vemos no Mundial”, comemorou Daniel.

Ketleyn Quadros mantém consistência e leva bronze

Aos 34 anos, em seu quinto ciclo olímpico, Ketleyn Quadros continua lutando em alto nível, em Zagreb, e deu mais um passo rumo a sua sonhada primeira medalha em Mundiais. Atual número quatro do mundo no 63kg, Ketleyn venceu duas lutas nas preliminares e só caiu na semifinal para a canadense Catherine Beauchemin-Pinard, que ficou com o ouro após desistência de Anriquelis Barrios, lesionada.

Na disputa pelo bronze, a brasileira dominou Gili Sharir, de Israel, marcando um waza-ari no início da luta e administrando a vantagem até o fim para levar sua segunda medalha em 2022. Em Tbilisi, na Georgia, ela foi prata.

“Eu estou muito feliz com a minha medalhinha. Acho que isso é sinal de caminho certo, de cada dia estar melhor, se superando. Espero que sirva de motivação e estímulo, já que essa é a última competição antes do Mundial. O trabalho continuará forte. Agora, é voltar, corrigir os detalhes para que os próximos resultados sejam melhores e ao nosso favor”, projetou Ketleyn.

Estreante surpreende com vitória sobre número um do mundo

Um dos maiores destaques do dia foi Pedro Medeiros, de 21 anos, que estreou em competições internacionais na classe adulta do judô. Logo na primeira luta, Pedro despachou Wictor Mrowkzysk, da Polônia. Nas oitavas, projetou Lasha Shavdatuashvili, da Geórgia, duas vezes (waza-ari) e eliminou o favorito da chave.

Para entender o tamanho do feito do brasileiro, basta olhar para o currículo do Georgiano: TRÊS medalhas olímpicas (ouro, prata e bronze), e o título mundial do ano passado.

Nas quartas, porém, Pedro foi derrotado pelo cubano Magdiel Estrada. Ele conseguiu a recuperação na repescagem, vencendo o francês Kilian Leblouch, e caiu para Cargnin na disputa de bronze.

Tamires Crude (63kg), Luana Carvalho (70kg), Maria Portela (70kg) e Vinícius Panini (81kg) também lutaram neste sábado. Maria ficou em sétimo lugar e os demais pararam ainda nas primeiras rodadas.

Domingo tem mais sete brasileiros em ação

No domingo, o Brasil contará com Mayra Aguiar (78kg), Giovanna Santos (+78kg), Rafael Macedo (90kg), Luanh Rodrigues (90kg), André Humberto (100kg), Rafael Buzacarini (100kg) e Rafael Silva “Baby” (+100kg) no tatame do Grand Prix de Zagreb.

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